domingo, 22 de agosto de 2010

Batalhas

Batalhas:
  • Cabanagem- 1835-1840
  • Balaiada- 1838-1841
  • Guerra dos Farrapos- 1835-1845
  • Revolta Praieira-1848-1850
  • Guerra contra Oribe e Rosas-1851-52
  • Guerra contra Aguirre-1864

A cabanagem (1835-1840) foi à revolta na quais negros, índios e mestiços se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder no Pará (Brasil). Entre as causas de revolta encontram-se a extrema pobreza das populações ribeirinhas e a irrelevância política a qual a província foi relegada após a independência do Brasil. De cunho popular, contou com a participação de elementos das camadas media e alta da região, entre os quais se destacam os nomes do padre João Batista Gonçalves Campos, do jornalista Vicente Ferreira Lavor Papagaio.




A Balaiada foi uma revolta de caráter popular, ocorrida entre 1838 e 1841 no interior da então província do Maranhão, no Brasil, e que após a tentativa de invasão de São Luís, dispersou-se e estendeu-se para a vizinha província do Piauí. Foi feita por pobres da região, escravos, fugitivos e prisioneiros. O motivo era a disputa pelo controle do poder local. A definitiva pacificação só foi conseguida com a anistia concedida pelo imperador aos revoltosos sobreviventes.





Guerra dos Farrapos ou revolução farroupilha são os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução ou guerra regional, de caráter republicano, contra o governo imperial do Brasil, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e que resultou na declaração de independência de província como estado republicano, dando origem à república Rio-Grandense. Durou de 1835 a 1845. A revolução, que originalmente não tinha caráter separatista, influenciou para a revolução liberal que viria a correr em São Paulo em 1842 e para a revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia de partido liberal da época, moldado nas lojas Maçônicas. Inspirou-se na recém-finda guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, alem de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se a costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.
A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida, organizando-se exércitos contando com homens negros que aspiravam à liberdade.



A Revolta Praieira, também denominada como Insurreição Praieira, foi um movimento de caráter liberal e separatista que eclodiu na Província de Pernambuco, entre 1848 a 1850. A ultima das revoltas provinciais, está ligada às lutas político-partidarias que marcaram o período regencial e o início do Segundo Reinado. Sua derrota representou uma demonstração de força do governo de D. Pedro II (1840-1889). De forma global, inscreveu-se no contexto das revoluções socialistas e nacionalistas que varreram a Europa neste período do século XIX, incluindo a Revolução de 1848 na França que promoveu a extinção do Absolutismo no país. A nível local foi influenciada pelas ideias liberais dos que se queixavam da falta de autonomia provincial, sendo marcada pelo repúdio à monarquia, com manifestações a favor da independência política, da república e por um reformismo radical. Com fundo social, econômico e político, contou com a participação das camadas menos favorecidas da Província de Pernambuco, oprimidas pela grande concentração fundiária nas mãos de poucos proprietários.






A Guerra da Prata, também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, fez parte de uma longa disputa entre Argentina e Brasil pela influência no Uruguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino de agosto de 1851 a fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina, e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes.

A ascensão de Juan Manuel de Rosas como ditador argentino e a guerra civil no Uruguai após sua independência do Brasil geraram instabilidade na região da Prata, devido ao desejo argentino de ter Uruguai e Paraguai em sua esfera de influência, e posteriormente recriar o antigo Vice-reinado da Prata. Estes objetivos eram contrários à soberania brasileira, uma vez que o antigo vice-reinado era formado por terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul, e aos interesses brasileiros de influência na região, que já havia gerado a Guerra da Cisplatina e instigaria ainda outras duas guerras.

A Guerra da Prata terminou com a vitória aliada na Batalha de Monte Caseros em 1852, estabelecendo a hegemonia brasileira na região da Prata e gerando estabilidade política e econômica ao Império do Brasil. Porém, a instabilidade nos outros países da região permaneceria, com as disputas internas entre partidos no Uruguai, e uma guerra civil na Argentina pós-Rosa. Este conflito faz parte das chamadas Questões Platinas na História das Relações Internacionais do Brasil e como parte integrante da Guerra Grande nos países hispanófonos.





A Guerra contra Aguirre foi um conflito ocorrido em 1864 entre o Brasil e o Uruguai. O conflito se iniciou quando Aguirre, governante do Uruguai e líder do Partido Blanco, organizaram várias invasões contra o território gaúcho que estava cheio de fazendeiros criadores de gado.

Diante deste fato, o governo brasileiro buscou intrometer-se na política uruguaia contra Aguirre a fim de proteger o território gaúcho. O exército brasileiro, em face da invasão do Uruguai, invadiu seu território em março de 1864 e conquistou vários territórios como Unión e Paysandú marchando para Montevidéu, capital do Uruguai. Diante das conquistas brasileiras, Aguirre queimou os tratados entre os dois países e declarou maior invasão ao território brasileiro.

No início das invasões uruguaianas, o exército brasileiro reagiu expelindo-os rapidamente e exonerando definitivamente Aguirre do governo do Uruguai. Em 15 de fevereiro de 1865, foi estabelecido um Governo Provisório sob o comando de Venâncio Flores, do Partido Colorado, que apoiado pelo Brasil declarou canceladas as invasões declaradas contra o território brasileiro e ainda saudou a bandeira do Brasil com 21 disparos. Em 20 de fevereiro de 1865, foi assinada a Convenção de Paz entre Brasil e Uruguai.

Venâncio Flores, governante do Uruguai, comandou o país até 1868. Após apoiar o Brasil e a Argentina na Guerra do Paraguai convocou eleições e renunciou seu cargo quatro dias antes de ser assassinado durante um levante do Partido Blanco de Aguirre.





fonte consultada:
livro Paulo de Queiroz Duarte
Sampaio.
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