domingo, 22 de agosto de 2010

Sampaio- Um pouco mais de sua História

No remoto povoado de tamboril, recanto desconhecido da então Capitania do Ceará, na fazenda Vítor,nasceu, a 24 de maio de 1810, aquele que, por seus feitos meritórios, viria a ser o insigne Patrono da "Rainha das Armas".
Sampaio ingressou nas fileiras do Exército ainda jovem e, por sua extraordinária atuação nas lutas contra Cabanos, Balaios e Praieiros, alcançou o posto de Brigadeiro.
Na batalha de Tuiuti, o Brigadeiro Sampaio, com sua brilhante divisão encouraçada, deteve o inimigo e, no meio de fogo infernal, dirigiu ousadamente suas manobras. Empunhando sua espada invicta, Sampaio participou, dentre outras, da Campanha da Tríplice Aliança, à frente da divisão encouraçada onde, na batalha de Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul, recebeu três ferimentos mortais e eternizou-se na história do Exército, como o mais distinto dos INFANTES.
O Brigadeiro Antônio de Sampaio foi consagrado, em 13 de março de 1962, PATRONO da ARMA de INFANTARIA, em cujo seio se forjou e se destacou sobremodo como bravo e modelar líder de combate, instrutor e disciplinar da infantaria, a frente da qual, representeva pela sua 3 Divisão de Infantaria.
Sampaio chegou ao Rio Grande do Sul ao final da Revolução Farroupilha, onde, no comando de uma companhia de Infantaris, estacionou quase 5 anos em Canguçu, como instrumento de consolidação da Paz de Ponche Verde e proxímo de Piratini e Caçapava, antigas capitais da República Rio-Grandense (1836-45). A seguir Sampaio empenhou-se a fundo no comando sucessivo de batalhões e brigadas de infantaria. Em pouco tempo transformou-se em adestrar e empregar a infantaria. Combateu na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), quando participou da Batalha de Monte Caseiros, como integrante da Divisão Brasileira.
Durante a guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai ( 1865-70), que fez como oficial general, teve atuação destacada até Tuití.
Sobre o conceito e o de sua tropa escreveu em Reminiscências da campanha do Paraguai, Dionízo Cerqueira o maior cronista deste conflito e que foi integrante da divisão encouraçada e subordinado Sampaio:
"A ideia de eu passar para a infantaria não me abandonava. Esta arma me exercia sobre mim indizível fascinação. Quando passava um daqueles belos batalhões alinhados, guardando bem as distâncias, marchando airosos e elegantes, ao som alegre de um dobrado vibrante, não me podia conter, e punha-me a marcar passo..."
E mais adiante. "Fui apresentar-me ao general Sampaio. O ilustre general, glória do Exército pelo valor e amor a disciplina, estava uniformizado, debaixo de uma ramada, lendo uma história de Napoleão, seu capitão predileto. Quando me viu, fechou o livro, marcando-o com o indicador da mão esquerda".
Sampaio era cearense de Tamboril, onde nasceu em 24 de maio de 1810. Morto heroicamente aos 56 anos, após sublimar as virtudes Militares de Coregem, Bravura, Honra Militar e Desprendimento.
Vive ainda a memória do Brasil, na alma do Exército e sobre tudo as melhores tradições da Infantaria Brasileira que ele ajudou a forjar. Seus restos mortais repousam em mausoléu no cemitério São João Batista, em Fortaleza-CE.

monumento de Sampaio em Porto Alegre.



fonte consultada:
livro Paulo de Queiroz Duarte
Sampaio.

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